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Sorgo pode ser opção para substituir milho em áreas de risco da janela ideal

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As variedades de sorgo em Mato Grosso a cada temporada apresentam bom desempenho no campo. A cultura é considerada, inclusive, uma alternativa em substituição ao milho em áreas com casos de risco da janela ideal, além de opção para a produção de biomassa e fonte de nutrição para a agropecuária.

Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil deve produzir aproximadamente 3,9 milhões de toneladas de sorgo no ciclo 2022/23. Isso representa um aumento de 33,9% ante a temporada passada. Em Mato Grosso são esperadas 172,8 mil toneladas de sorgo.

Na safra 2022/23 Mato Grosso semeou cerca de 20% do milho fora da janela ideal. Diante disso e para evitar prejuízos maiores, alguns produtores estão optando por cultivar o sorgo, como ocorre em algumas propriedades no Distrito de Boa Esperança do Norte, localizado em Sorriso.

“Nós a partir do dia 15 de fevereiro a chuva começa a cortar. Então, é uma janela de risco para o milho. Nós plantamos milho após o dia 15 e tivemos prejuízo”, comenta Ederson Cleiton Peruzzolo, representante comercial da região.

Foto: Cícero Menezes/Embrapa

Sorgo granífero é uma das apostas

Algumas variedades estão sendo testadas na região de Sorriso. Entre elas, o sorgo granífero é uma das apostas que têm apresentado resultados considerados satisfatórios.

“O valor investido por hectare é menor. O sorgo ele necessita de 600 a 700 milímetros de chuva. É o que vai contemplar nessa janela de plantio. Ele é menos suscetível as doenças e pragas que atacam a cultura do milho. A gente fala que o sorgo é mais tratorzão. Eu acabo tendo menos investimento”, salienta Peruzzolo.

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Custo benefício rentável

sorgo gigante é outra variedade com demanda aquecida no campo, de acordo com especialistas, uma vez que traz uma série de vantagens para a agropecuária, proporcionando um custo benefício rentável ao produtor rural.

“O sorgo possui um sistema radicular bastante agressivo, então ele faz uma ciclagem de nutrientes. Ele traz nutrientes do subsolo que muitas vezes a soja ou o milho não conseguiria. O sorgo incorpora esses nutrientes na palha e depois ele acaba devolvendo isso para a cultura subsequente”, diz o responsável técnico da Santo Isidoro Sementes, Eduardo Dal Forno.

Desvalorização do milho e soja em Mato Grosso

Foto: Pedro Silvestre/ Canal Rural Mato Grosso

A sementeira ao qual Eduardo Dal Forno trabalha em Lucas do Rio Verde é uma das empresas licenciadas pela Embrapa para a produção de sementes de sorgo gigante brasileiro, da variedade Ponta Negra e do Híbrido BRS 716.

biomassa extraída da cultura também pode contribuir para a geração de energia, segundo o responsável técnico, que atravessa um momento crítico por falta de matéria-prima para o manejo de queima.

“Nós temos no mercado o sorgo granífero, o sorgo forrageiro e o sorgo biomassa. O sorgo atende todo mundo. Hoje a oferta de cavaco de eucalipto está bastante reduzida. Então, nós temos a situação em que pode faltar biomassa para queimar e o sorgo sendo utilizado para isso a gente consegue auxiliar ou suprimir grande parte dessa falta de biomassa, porque se nós temos uma cultura que podemos plantar em qualquer área, cultivar ela em 150 dias, 160 dias, pelo menos a demanda a gente consegue atender, enquanto o eucalipto nós precisamos de cinco anos para produzir biomassa para corte”.

Por Canal Rural.

 

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