Solo do Rio Grande do Sul deve levar décadas para se recuperar
O Canal Rural e a Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul realizaram na Expointer 2024 o Fórum Reconstrução RS.
Autoridades, entidades e público se reuniram para debater soluções para a reconstrução do estado. O Rio Grande do Sul ainda enfrenta os reflexos das enchentes de maio que impactaram mais de dois milhões de pessoas e 200 mil propriedades.
De acordo com o secretário adjunto da Agricultura do estado, Márcio Madalena, existem muitas áreas no território gaúcho que não poderão ser semeadas na próxima safra.
“Isso nos leva a outro problema, que é a geração de renda para esse produtor. Então, quando discutimos reconstrução de solo, além da questão agronômica envolvida neste processo, discutimos também diversificação de cultura e redirecionamento desse produtor para outras atividades agropecuárias quando for necessário”.
Recuperação do solo
Levantamento da Emater-RS aponta que pelo menos três milhões de hectares foram afetados pela tragédia que se abateu no estado. Estima-se que sejam necessárias décadas para que eles possam ser recuperados.
“Foram regiões assoladas por 30 dias em um espaço muito curto por chuvas de 450 mm, 500 mm e até 700 mm, o que provocou uma alteração significativa no solo, particularmente nas características químicas”, diz o superintendente do Senar-RS, Eduardo Condorelli.
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Sanidade animal
O fórum também trouxe outro assunto de grande relevância para o Rio Grande do Sul: a sanidade animal. Desde os avanços da abertura de novos mercados com o status de livre de aftosa sem vacinação até os desafios pós catástrofe, com a perda de plantéis e doenças.
A produção animal responde por uma fatia significativa do PIB gaúcho e muitas granjas foram impactadas. A biosseguridade é um destaque e mostrou o potencial do setor em contornar problemas como o recente caso de Doença de Newcastle.
Por Canal Rural.