Safra de MT deve crescer 45% em 7 anos; ferrovias são apostas
A projeção da safra de grãos de Mato Grosso 2029/30 deve alcançar 146,6 milhões de toneladas, um salto de 45,4% em relação à safra 2022/23.
A medida deve atender à necessidade de produção de alimentos no mundo e de biocombustíveis, como o etanol do milho.
As informações são do Observatório do Desenvolvimento, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec).
Aliado ao crescimento do importante setor que constitui a base econômica de Mato Grosso, o Governo do Estado estará colhendo os frutos plantados na gestão atual, com uma maior dinâmica na logística para escoamento da safra, um dos principais entraves da produção mato-grossense.
A ferrovia estadual da integração Vicente Vuolo, a primeira do país, deve ter alcançado Nova Mutum (267 km ao Norte de Cuiabá), conforme a projeção da Rumo Logística.
A obra de 733 km da estrada de ferro, que vai ligar Rondonópolis a Lucas do Rio Verde, deve chegar em Campo Verde até 2025, Nova Mutum em 2028 e, até 2030, vai chegar em Lucas do Rio Verde.
“Os municípios do eixo da BR-163 estão entre os maiores produtores de grãos do País. A ferrovia estadual, a duplicação da BR-163, e, muito possivelmente, o início das obras da Ferrogrão, vão destravar a logística de escoamento da safra e tornar a BR-163 muito mais segura com a redução do fluxo de caminhões e com a pista duplicada. O governo será responsável por essa revolução que veremos daqui há uns anos, junto com o crescimento da nossa produção”, comentou o secretário Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda.
Outro projeto voltado ao setor é a duplicação dos 440 km da BR-163, entre o Posto Gil e Sinop. Em maio deste ano, o Estado assumiu a concessão dos 850 km entre Itiquira e Sinop, dos quais 410 km da duplicação já foram realizados.
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Embora o prazo para a conclusão de toda a duplicação esteja previsto para 2030, o Estado trabalha com a perspectiva de concluir a obra até 2028.
Outro projeto importante para a logística mato-grossense é a Ferrogrão.
Embora seja uma ferrovia que será licitada pelo governo federal, e que atualmente esbarra em questões jurídicas, o Estado tem atuado em prol da implantação da estrada férrea.
O projeto visa a consolidar o novo corredor ferroviário de exportação do Brasil pelo Arco Norte. A ferrovia conectará Sinop ao Porto de Miritituba, no Pará.
“Assim como a duplicação da BR-163, a Ferrogrão aliviará as condições de tráfego da principal artéria rodoviária de Mato Grosso e tem o adicional de reduzir as emissões de carbono pela queima de combustível fóssil. Com a ferrovia, haverá a redução do fluxo de caminhões pesados até o Porto de Miritituba e os custos com a conservação e a manutenção da pista”, concluiu o secretário.
Por Marianna Peres, Diario de Cuiabá.