Regional do Indea realiza fiscalização nas rações dos ruminantes do Médio Araguaia
Médicos veterinários do Indea (Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso) acentuam a fiscalização da presença de proteína animal nas rações dos ruminantes (como, bovinos, ovinos e caprinos) em propriedades do Médio Araguaia no período da seca. De acordo com o artigo 1º da normativa nº 8 de 25 de março de 2004, é proibido fornecer aos ruminantes, produtos que contenham proteínas e gorduras de origem animal. Nessa classificação, cama de aviários e resíduos de criação também se enquadram.
Segundo o Gerente Regional da URS Água Boa (que abrange, Água Boa, Canarana, Campinápolis, Cocalinho, Gaúcha do Norte, Nova Nazaré, Nova Xavantina, Ribeirão Cascalheira e Querência), Francisco Souto, “a fiscalização é importante para prevenir o uso de produtos proibidos na alimentação de ruminantes. Como, farinha de carne, farinha de sangue, farinha de osso e cama de frango, em virtude da possibilidade de contaminação com o príon (proteína infecciosa) causador da BSE (Encefalopatia Espongiforme Bovina – ‘Doença da Vaca Louca’)”.
Fiscalização e teste rápido
Conforme o Gerente Regional do Indea, “as propriedades são escolhidas aleatoriamente, conforme o conhecimento técnico do médico veterinário. Normalmente é realizada a vigilância em propriedades consideradas suspeitas ou que se tenha conhecimento de que elas fazem uso de ração ou proteinados na ração de ruminantes, principalmente durante o período da seca”. Com o aumento do uso concentrado de rações produzidas pelos próprios produtores para melhorar a qualidade nutricional dos animais, torna-se importante o aumento do controle.
Preço do bezerro e alta dos insumos preocupam pecuaristas
Durante as visitas nas propriedades, é realizado um teste rápido nas rações para detectar a possibilidade da contaminação. Caso seja obtido resultado positivo, é colhido uma amostra do produto e enviado para laboratório. Se for reativo também em laboratório, os animais são identificados e destinados para o abate sanitário, e o produtor pode responder sanções penais junto ao Ministério Público. Nas fiscalizações de 2019, não houveram casos positivos registrados em todo o Médio Vale atendido pela Regional.
Por Vitória Kehl Araujo, da AGR Notícias.