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‘Redução de área de soja em MT seria muito bem-vinda’, diz Galvan

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O 1º Levantamento da Safra 2023/24, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta terça-feira (10), aponta que Mato Grosso deve plantar soja em 12.291,5 milhões de hectares. O número é 1,7% superior ao registrado na temporada 2022/23.

Foto: Aprosoja-MT/Divulgação

Já a produção está estimada em 44,3 milhões de toneladas, 2,7% menor do que a colhida no ciclo passado. Esses números deixam o setor agrícola mato-grossense apreensivo.

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“Estão divulgando aumento de área plantada, mas não acredito que vá acontecer por conta do custo de produção e do preço pago pelo nosso produto. A situação está muito grave. O custo de produção não é coberto nesses atuais valores. O produtor precisa repensar: uma redução de área na safra principal, que é a soja, faria muito bem para se ter menos oferta e produto para melhorar o preço e equilibrar as contas”, diz o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Antônio Galvan.

Município mantém área de soja

Fazenda Aymoré - Jaciara - MT
Fazenda Aymoré, Jaciara (MT)

A dica de não aumentar o espaço destinado ao grão está sendo seguida em Jaciara, no sul do estado. No município, foram semeados 72 mil hectares de soja em 2022/23. Essa área deve ser mantida no ciclo atual, de acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

O presidente do Sindicato Rural de Jaciara, Alberto Luis Chiapinotto, afirma que este ano é para o produtor de soja não arriscar em áreas que não entregam rentabilidade. “Deixe essa área parada. Se é para produzir apenas para cobrir o custo de produção, não faça”, instrui.

O produtor Jefferson Schinoca tem seguido a orientação, fazendo contas para economizar na instalação dos 2.900 hectares de soja que pretende semear neste ciclo.

“Em áreas com perfil de solo muito bons, com fósforo, principalmente, não vamos entrar com adubação, apenas com cloreto de potássio para tentar reduzir um pouco o custo das áreas e tentar melhorar as áreas mais fracas, aumentando a adubação nelas e aproveitar a poupança que temos, porque não vínhamos economizando nas últimas safras. Agora, estamos mais cautelosos”, conta o produtor.

Por Victor Faverin | Canal Rural.

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