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Produção de algodão orgânico na região de Canarana deve gerar quase um milhão de reais para os pequenos produtores

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Um projeto que iniciou em Canarana-MT, já se expandiu para 11 municípios da região do Médio Araguaia atendendo famílias de pequenos agricultores. É a produção de algodão orgânico, que não utiliza produtos químicos, mas que tem valor de mercado superior, o que atende o perfil do pequeno agricultor, aquele que possui uma área menor e precisa agregar valor à sua produção.

Empaer apresentou trabalhos desenvolvidos em Canarana; Foto – AGR.

Os números do projeto foram apresentados na tarde de quarta-feira (16), no Sindicato Rural de Canarana, por técnicos da Empaer, que demonstraram todo o trabalho que vem sendo feito pela Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural. Ao todo, foram plantados 30 hectares do algodão orgânico, também chamado de agroecológico, divididos entre 40 produtores de 11 municípios.

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Canarana possui a maior área, com 10 hectares divididos entre 10 produtores. O projeto tem também o apoio da Secretaria Municipal de Agricultura e da Cooperativa Regional Agropecuária Portal do Xingu (Cooperportal). A supervisora regional da Empaer, Luma Camargo Prados, disse que a produção da região será comprada pela Farfarm, que revende para empresas que estão implementando uma pegada ecológica, como a Lojas Renner, que fará os uniformes dos funcionários com esse algodão.

Conforme o extensionista da Empaer, Gildomar Avrella, os custos de produção são bancados pela empresa compradora. Já a produção é estimada em torno de 165@ por hectare, com preço de venda de 195 reais a arroba, gerando uma renda superior a 32 mil reais por hectare, ou 960 mil reais em 30 hectares. “Aqui em Canarana, esse algodão foi plantado consorciado com feijão carioca, ou seja, ainda terá uma renda do feijão. Porém, devido aos grandes volumes de chuva que temos tido, prejudicou um pouco. Por isso, é bem provável que tenhamos uma redução na expectativa de produção do algodão e do feijão”, explicou Gil.

Extensionista da Empaer Gildomar Avrella; Foto – AGR.

Gil ressalta, porém, que mais de dois terços das 600 famílias de pequenos agricultores de Canarana, hoje, são formados por pessoas idosas ou que estão entrando nessa faixa etária, as quais tem dificuldades em executar certos tipos de trabalho que demandam de força física. Para que projetos como essa continuem e cresçam, é necessário incentivar a permanência dos mais jovens, além de ofertar modelos de mecanização, que facilitem o trabalho também nas pequenas propriedades, como já acontece nas grandes fazendas.

Por Rafael Govari para AGRNotícias.

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