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Presidente da Funai assina carta de anuência para incentivo à produção indígena no Mato Grosso

O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Xavier, assinou uma carta de anuência para um projeto de produção de alimentos na Terra Indígena Pimentel Barbosa, no município de Canarana, estado do Mato Grosso. A inciativa é voltada à promoção da segurança alimentar e etnodesenvolvimento do povo Xavante e prevê a implementação de roça mecanizada, quintais produtivos e capacitação técnica para indígenas de 13 aldeias.

“O desenvolvimento sustentável em Terras Indígenas é fundamental para a promoção da dignidade e conquista da autossuficiência pelas comunidades interessadas em produzir. Por meio do etnodesenvolvimento, é possível aliar geração de renda e sustentabilidade nas aldeias, fazendo com que os indígenas sejam, de fato, protagonistas da própria história, sem intermediários, sempre com respeito à autonomia da vontade de cada etnia”, ressalta o presidente da Funai.

A iniciativa ocorre em parceria entre a Funai, a Prefeitura Municipal de Canarana e o Governo do Estado do Mato Grosso, e irá beneficiar cerca de 1.300 indígenas. O projeto contempla 50 hectares de roça mecanizada de arroz, quintais produtivos de três hectares em cada uma das 13 aldeias favorecidas, além de capacitação de indígenas, por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT), para atuarem como técnicos de referência, dando continuidade às atividades propostas.

Além disso, o projeto visa oferecer assistência técnica, acompanhamento e instrução aos indígenas durante todas as etapas a serem desenvolvidas nas aldeias Mãe Maria, Pequi, Wedezê, Novo Paraiso, Santa Matinha, Reata, Atsererê, São Joaquim, Tanguro, Belém, Maria de Jesus, Santa Cruz e Caçula. Na Funai, a inciativa será acompanhada pela Coordenação-geral de Etnodesenvolvimento e pela Coordenação Regional (CR) de Ribeirão Cascalheira, uma das unidades descentralizadas do órgão no Mato Grosso.

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“Na atual situação de pandemia da covid-19, é muito importante as comunidades produzirem seu próprio alimento na área em que residem. Isso proporciona aos indígenas uma autonomia muito grande, e evita que eles precisem sair da aldeia para ir à cidade em busca de alimentação, se expondo ao risco de contágio pelo coronavírus”, destaca o coordenador da CR Ribeirão Cascalheira, Jussielson Gonçalves.

Desde o início da pandemia, a Funai investiu cerca de R$ 18 milhões no desenvolvimento de atividades produtivas em aldeias de todo o país, buscando proporcionar a autossuficiência alimentar e econômica das comunidades. Os recursos foram destinados a atividades de piscicultura, roças de subsistência, colheita de lavouras, confecção de máscaras de tecido e artesanato, produção agrícola, casas de farinha, casas de mel, entre outros. A intenção é fazer com que os indígenas mantenham a produção, além colaborar para que, no período pós-pandemia, as etnias invistam em processos de geração de renda e fortaleçam sua cultura.

 

Por Assessoria de Comunicação / Funai

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