Porto Alegre do Norte tem crescimento de 34% na área de soja em dois anos

 

O Município de Porto Alegre do Norte-MT, no Norte Araguaia, distante a apenas 27 km de Confresa, cidade pólo na região, seguindo uma tendência estadual, viu sua área destinada ao cultivo da soja crescer 34% nos últimos 2 anos. A pecuária, hoje com 140 mil cabeças de gado, era predominante até poucos anos, mas a conversão de pastagens em lavouras e o incremento de culturas alternativas começa a ganhar espaço.

Ao todo, são 45 mil hectares plantados entre primeira e segunda safra no município. A área de soja, na safra 2019/20, somou 32.416 há. Na safra 2017/18, esse número era de 24.025 há, denotando um grande crescimento na agricultura. Os números foram repassados pelo engenheiro agrônomo do Indea (Instituto de Defesa Agropecuária) de Confresa-MT, Reinaldo Morais da Silva, que também evidenciou um número crescente de propriedades destinadas à agricultura em Porto Alegre. De 59 na safra 2017/18, para 77, na safra 2019/20.

Além de carne e grãos, Porto Alegre do Norte produz também 450 mil litros de leite por mês, o que torna o Município um dos principais produtores do Vale do Araguaia. Soma-se ao leite, como destaque, a piscicultura e a fruticultura (melancia e maracujá), que está em crescimento. A produção de mandioca, por exemplo, também cresce e já é processada em duas farinheiras, uma em um assentamento e outra em uma aldeia indígena.

Conforme o secretário de Agricultura do Município, Pedro Inácio Nunes Lima Neto, o trecho sem asfalto da BR-158, de cerca de 125 km, que corta a Terra Indígena Marãiwatsédé, é o principal gargalo no desenvolvimento da região. Para ele, essa indefinição na pavimentação e no traçado da rodovia, dificulta tanto a importação de insumos, quanto a exportação da produção agrícola.

Mesmo com as dificuldades em logística, o secretário afirma que o agricultura está em plena expansão. “A ampla economia do Município é constituída predominantemente pela agricultura, que está em ampla expansão. Os principais cultivos de grãos são soja e milho, além de mandioca, leite, melancia e outros. Há 2 anos iniciamos a implantação de fruticultura, como maracujá, limão, banana e acerola”, afirmou.

“Atualmente a agricultura vem se desenvolvendo de uma maneira tão grande que a pecuária não tá conseguindo acompanhar. E aqueles produtores pecuaristas que não se adequarem e seguirem o manejo com as inovações, a agricultura vai tomar de conta”, finaliza o secretário.

Por AGRNotícias. Fotos de Pedro Inácio.