Zoneamento Socioeconômico e Ambiental pode travar economia do Vale do Araguaia
Uma reunião na quinta-feira (29) em Cocalinho-MT, com a participação de lideranças políticas e do agronegócio do Vale do Araguaia, debateu o Zoneamento Socioeconômico e Ambiental proposto por meio de consulta estadual. Convocada por produtores rurais que formalizaram a Associação de Produtores do Araguaia (Afava), a reunião teve como idealizadora a Dra. Carmen Bruder, médica e agropecuarista em Cocalinho.
Para as lideranças regionais e agropecuaristas, a proposta original afeta a economia de 17 cidades do Vale. Todos foram unânimes em afirmar surpresa com esse projeto. A situação é crítica, já que a proposta inicial é impedir que cerca de 4 milhões de hectares do Araguaia continuem sendo utilizadas pela agropecuária. Isso pode inviabilizar a economia da região.
A Dra. Carmen afirmou que a consulta pública pela internet está acontecendo em meio à pandemia e colheita da safra de grãos, dificultando o acesso do público em geral. O prazo da consulta pública pela internet termina no dia 16 de fevereiro. A agropecuarista destacou que os produtores não são contra a natureza, mas que é possível produzir com sustentabilidade.
O deputado estadual Dr. Eugênio, declarou que é hora de unir todas as lideranças do Vale do Araguaia para enfrentar a proposta. O parlamentar vai promover a partir da semana que vem, diversos encontros para alavancar apoio para a região contra o projeto.
Estiveram presentes os prefeitos Márcio Aguiar de Cocalinho, Fabio Faria de Canarana, Luzia brandão de Ribeirão Cascalheira, vice-prefeita de Água Boa Rejane Garcia e o prefeito de Querência Fernando Gorgen. Além disso, secretários municipais, vereadores e demais lideranças de várias cidades se fizeram presentes.
Posição do Governo do Estado
No dia 20 de janeiro, uma comitiva de Canarana formada pelo prefeito e vereadores, acompanhados do deputado estadual Nininho, se reuniram no palácio Paiaguás, em Cuiabá-MT, com o secretário-chefe da Casa Civil – Mauro Carvalho, onde o assunto também foi tratado. Conforme Mauro, a proposta que será apresentada foi construída anterior ao atual governo e, por questões jurídicas, não pode ser anulada por uma decisão governamental. Por isso a importância da participação da população nas reuniões para expor suas razões, visando qualquer adequação no zoneamento.
Por AGRNotícias com a colaboração de Inácio Roberto.