Manejo do Gergelim será objeto de Pesquisa da Aprosoja em Canarana
A cultura do gergelim já está presente no Médio Araguaia mato-grossense há mais de 30 anos. Mas foi somente na última década que as condições técnicas e mercadológicas favoreceram o aumento exponencial de área, fazendo com que município de Canarana, por exemplo, se tornasse o maior produtor nacional do grão, com aproximadamente 100 mil hectares em 2020.
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A cultura se adaptou bem na região e uma grande parcela dos produtores passou a substituir o milho pelo gergelim na safrinha. Uma carência, todavia, ainda permanece apesar do anos, relativa à falta de informações técnicas sobre o manejo da cultura, garantidas por estudos científicos. Uma iniciativa do núcleo da Aprosoja-MT (Associação dos produtores de soja e milho de Mato Grosso) de Canarana, a partir de recentes e antigas demandas dos produtores, pretende suprir essa carência.
Trata-se de uma pesquisa científica com variedades da cultura já adaptadas à região, mas com foco em verificar, de forma empírica, as vantagens de diferentes densidades populacionais (quantidades de semente por hectare) de três variedades de gergelim (K3, Trebol e Seda), bem como os efeitos de diferentes adubações, visando o aumento na produtividade. O projeto de pesquisa científica foi desenvolvido pela Aprosoja e os experimentos serão guiados pela empresa Meta Assessoria. Os itens a serem pesquisados foram definidos pelos próprios produtores em reunião na manhã desta quinta-feira (21/01). Os resultados devem ser publicados, inclusive, em revista científica.
Conforme o vice-presidente leste da Aprosoja – MT, o produtor canaranense Diego Dallasta, a pesquisa se justifica pois em tantos anos de presença da cultura, todos os manejos existentes são resultados de erros e acertos dos produtores. “Nós estamos plantando há vários anos e não se tem nenhuma pesquisa sendo feita no nosso município. Precisamos de uma pesquisa específica para a cultura na nossa região, para a nossa realidade, nossas condições ambientais” explica.
As pesquisas serão realizadas na área experimental da Meta, com início programado para fevereiro, quando serão implantadas as parcelas de cada experimento, logo após a finalização da colheita da soja. “Pretendemos obter resultados confiáveis e científicos sobre a cultura e as primeiras áreas já serão colhidas em junho/julho,” complementa Diego, que adianta que em agosto os resultados da pesquisa devem ser apresentados aos produtores.
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A recém empossada nova diretoria da Associação tem como uma das propostas de trabalho, fazer pesquisas regionais voltadas aos assuntos de interesse de cada região. O gergelim de Canarana e região é exportado para China, Índia, Guatemala ,Turquia, Jordânia e Arábia Saudita.
Por AGRNotícias.
Parabéns Aprosoja!
Parabéns Núcleo de Canarana!
Novos tempos, Novos Desafios e Novas Ideias!