Lavouras de soja de Gaúcha do Norte registram aumento de incidência de lagartas
As últimas semanas chuvosas em Gaúcha do Norte e em todo o estado de Mato Grosso tem agravado o cenário de incidência de lagartas nas lavouras de soja. As lagartas mais comuns e presentes hoje em variedades com tecnologia intacta são as spodoptera frugiperda e a helicoverpa armigera.
A proliferação das lagartas vem atrelada a dificuldade de aplicação de produtos de controle frente a situações climáticas, mas, a identificação da praga na lavoura é primordial para o controle eficaz.
Frente a este cenário uma consultoria especializada se justifica para diminuir o impacto das perdas na produtividade. “O primeiro passo da consultoria é o monitoramento das lavouras para detectar a presença do inseto praga na fase inicial da infestação, quanto antes for realizado o manejo, mais efetivo será o controle do mesmo. Também é fundamental a identificação adequada da praga e seu estágio de desenvolvimento para a tomada de decisão mais assertiva pois insetos de diferentes gêneros demandam tomadas de decisões diferentes. Outro ponto que deve ser observado é a fase de desenvolvimento das plantas, na fase vegetativa onde a planta está mais aberta é uma situação diferente de manejo em relação a um planta na fase reprodutiva onde ocorre menor penetração dos defensivos na parte média e basal da planta, de forma que a estratégia adotada em um cenário não se aplica adequadamente em outro cenário. Por fim, há ainda a necessidade de avaliação nível de infestação e a identificação da fase de desenvolvimento do inseto, pontos extremamente relevantes para a tomada de decisão. Nota-se então que há uma grande variedade de elementos a serem analisadas na escolha do defensivo que deverá ser utilizado, assim, sempre é recomendado que o produtor busque ajuda com engenheiro agrônomo para auxiliar nessa tomada de decisão”, pontuou o engenheiro agrônomo da Dal’ Agri Consultoria Agricultura, Giovani Ragagnin Dalmaso.
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Atuando em Gaúcha do Norte em parceria com a Futura Agro, o engenheiro agrônomo comentou ainda, “as lagartas que mais observa-se na região são do gênero spodoptera, principalmente a Spodoptera frugiperda que apresenta um hábito altamente polífago, ou seja, podem se alimentar de uma grande variedade de plantas, causando grandes danos na cultura da soja principalmente pelo hábito alimentar agressivo, alimentando-se de folhas na fase vegetativa e vagens na fase reprodutiva. A helicoverpa armígera também é observada, mas, com menor frequência e também apresenta um hábito alimentar bastante agressivo. É importante salientar que produtos utilizados para o controle da spodoptera podem não apresentar um bom controle para helicoverpa e vice e versa. Tendo produtos que mostram boa eficiência no controle de uma praga e menor eficiência na outra praga”, acrescentou.
“Temos vários produtos no mercado que conferem controle altamente satisfatório para as lagartas dos diferentes gêneros. Há ainda a possibilidade da associação de produtos de choque, ou seja, que precisam ter contato ou ingestão pelo inseto, juntamente com produtos sistêmicos, o que leva de modo geral a um melhor controle e com um período residual mais duradouro”, complementou Dalmaso.
Por GaúchaNews.