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Imagem de satélite indica quais lavouras foram mais afetadas pelas enchentes

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O mês de maio de 2024 será lembrado como um período histórico de chuvas intensas no Rio Grande do Sul. As precipitações volumosas provocaram alagamentos generalizados, resultando em graves danos nas áreas cultivadas e comprometendo a infraestrutura logística e de armazenagem.

Imagens de satélite confirmam que as principais regiões produtoras foram severamente impactadas. O mapa de satélite elaborado pela Conab destaca as áreas de inundação e as principais lavouras afetadas, com plantações de arroz (em verde) e soja (em azul) submersas.

Identificação das áreas com arroz irrigado e soja afetadas pelas enchentes de abril/maio de 2024 no Rio Grande do Sul. Fonte: Conab

 

A persistência das chuvas causou alagamentos e deslizamentos de terra, agravados pelo relevo e pela hidrografia do estado. A Depressão Central, uma extensa planície de baixa elevação, foi uma das regiões mais prejudicadas. Cidades ficaram submersas, e a infraestrutura logística e de armazenagem sofreu danos significativos. Lavouras de arroz, feijão, milho e soja, que aguardavam condições adequadas para a colheita, foram destruídas.

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Impactos nas lavouras, segundo a Conab

Arroz

O alto índice pluviométrico e as condições de relevo acarre- taram inundações, especialmente, na região Central e áreas próximas à hidrografia. Muitas lavouras já estavam colhidas, contudo houve perdas nas áreas mais tardias, que estavam em campo, e sobre os grãos armazenados e recém-colhidos. Registra-se a impossibilidade do trabalho das máquinas em muitas áreas, principalmente, em regiões de várzea. De maneira geral, a colheita tem sido interrompida, conforme as condições climáticas e a drenagem do solo permitem. A colheita, muitas vezes, foi realizada com a umidade superior à ideal, reduzindo a qualidade dos grãos. Além das chuvas intensas, a chegada de uma frente fria, aliada a chuvas e menor lumino- sidade, impactaram o a qualidade dos grãos. Aproximadamente 95% da área total está colhida. A colheita das lavouras remanescentes evolui lentamente, aguardando melhores condições de clima e de trafegabilidade.

Milho

as fortes chuvas que provocaram enchentes em muitas áreas prejudicaram as lavouras, em razão do excesso de umidade sobre os grãos maduros, pela falta de insolação e pela erosão nos solos e consequentemente a lixiviação de nutrientes. Tais condições climáticas impactaram a conclusão da colheita.

Soja

as chuvas foram intensas, acarretando inundações em algumas regiões. As lavouras de soja, especialmente da região Central do estado foram muito prejudicadas. O fator atenuante foi que muitas lavouras estavam colhidas durante a ocorrência das grandes chuvas. Registram-se perdas nas áreas mais tardias, que ainda estavam em campo, e sobre grãos armazenados que tinham sido recém-colhidos. A colheita alcançou 90% da área total. O processo da colheita tem sido mais lento e trabalhoso pela alta umidade do solo, as dificuldades logísticas, além da demora na recepção nos armazéns. Registram-se perdas, pela debulha das vagens, germinação das sementes e doenças fúngicas.

Trigo

A região Noroeste, as primeiras áreas, de forma incipiente, foram semeadas, contudo observa-se que o excesso de chuvas e a falta de luminosidade solar atrasam a emergência das plântulas.

Por AGROLINK – Gabriel Rodrigues.

 

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