Governo tem projeto para expandir agricultura em área indígena, diz Bolsonaro
Em Mato Grosso, o Presidente da República Jair Bolsonaro participou de um seminário sobre desenvolvimento econômico indígena, em Cuiabá (MT). Na ocasião, ele promoveu a entrega de tratores e também defendeu o cultivo em áreas demarcadas.
O presidente chegou ao local do evento em carro aberto. Após posar para fotógrafos e apoiadores, ele falou à imprensa sobre o incentivo do governo federal na busca pela autonomia indígena e apoiou a agricultura comercial nas aldeias.
“Estamos potencializando cada vez mais permitir que os nossos irmãos indígenas possam trabalhar a sua terra. Temos um projeto que nasceu no ministério de Minas e Energia, onde dá o direito às etnias, se assim os desejarem, fazer na sua terra basicamente o que o fazendeiro faz na sua”.
Em Cuiabá, Bolsonaro defende o agro, armamento e diz que é atacado
Durante a cerimônia oficial acompanhado da ministra da Agricultura, autoridades, lideranças do agronegócio e o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Bolsonaro participou de um ato simbólico da entrega das chaves de tratores doados aos indígenas. Em seu discurso, Tereza Cristina garantiu mais ações por parte do governo frente às demandas indígenas.
“A pedidos de algumas etnias, estamos trabalhando em ações de financiamento e custeio, e ainda tentando resolver o problema de investimentos que eles precisam para produzir. Hoje são esses tratores, mas tem pedido de armazéns que já têm muita soja, milho, mandioca e precisam ter seus estoques para ter melhores preços”, disse a ministra.
O presidente da Funai, Marcelo Xavier, destacou o trabalho conjunto com o ministério da Agricultura nas ações em busca do desenvolvimento indígena reforçando que espera avançar na demanda até o fim do ano.
“Nosso esforço diário tem sido de impulsionar as atividades produtivas das aldeias contribuindo para que os indígenas melhorem de vida e alcancem a autossuficiência econômica. Nos últimos dois anos investimos cerca de R$ 30 milhões em projetos de etnodesenvolvimento e que tem apresentado resultados expressivos na transformação da realidade na comunidade indígena do Mato Grosso”.
“O governo vem demonstrar o reconhecimento da classe indígena produtora que vem atender a agricultura familiar no primeiro momento, onde o indígena possa buscar autonomia e protagonismo através de trabalho, emprego e renda para a sua comunidade”, ressalta o coordenador de projetos da Coophanama, Arnaldo Zunizakae.
Apoio para agricultura indígena
A busca pela autonomia indígena através da agricultura de alta escala também tem apoio do setor produtivo em Mato Grosso.
“Os indígenas são parceiros e vão continuar sendo, por isso sempre que a gente deu apoio, porque essas pessoas não podem continuar segregadas, achar que deve ter única e exclusiva a cultura deles. Eles podem muito bem manter a cultura e aprender a produzir o próprio alimento em um excedente para melhorar o padrão de vida”, diz o presidente da Aprosoja Brasil, Antonio Galvan.
“A gente entende que o Senar vai ser peça fundamental para esse momento que os indígenas estão entrando. A aldeia que quiser produzir, as cooperativas que quiserem produzir, terão o Senar como a grande ferramenta. Temos mais de 350 cursos, assistência técnica e nós vamos disponibilizar isso a todos os indígenas”, afirma o superintendente do Senar-MT, Franciso de Castro.
Por Canal Rural.