Fazenda no Vale do Araguaia usa técnica para mitigar emissões de gases do efeito estufa
A sustentabilidade deve caminhar ao lado do setor produtivo para equilibrar a produção de alimentos e a preservação do meio ambiente. Um destes exemplos é a Fazenda Sucuri, localizada no Vale do Araguaia, Mato Grosso. O produtor João Araújo Neto optou pela cria, recria e engorda de nelore com melhoramento genético.
A propriedade conta com mais de três mil animais. Além disso, destinou 330 hectares para a produção integrada de pecuária e floresta, unindo eucalipto e gado de corte. Em 10 anos, o pecuarista recuperou a pastagem, melhorou a produtividade e teve mais renda.
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Pecuária de baixo carbono
Lucas Resende é o engenheiro agrônomo responsável pela fazenda Sucuri. O profissional explica que a propriedade realiza o ciclo completo da pecuária e investe em sustentabilidade. “Temos uma preocupação com a sustentabilidade. Nós trabalhamos com um certo nível de intensificação, onde conseguimos aproveitar melhor a área que nós temos, colocando mais animais em determinado espaço e fazendo as correções, as adubações, aplicações de calcário e gesso, de modo que a gente consiga aumentar a produtividade na área e devolver um pouco do que nós retiramos”, disse.
Resende comentou ainda que o foco é a pastagem como fonte principal de alimento do rebanho, incentivando a recuperação de áreas degradadas.“Basicamente funciona da seguinte forma: toda a vez que o capim está em crescimento, ele está sequestrando carbono da atmosfera. Ou seja, quanto mais capim a gente produzir, maior o sequestro de carbono”, explicou.
De acordo com o especialista, a matemática funciona da seguinte forma: toda vez que o pecuarista produz capim em grandes quantidades, consegue aumentar as taxas de lotações dos animais que estão dentro daquele pasto. “Ao mesmo tempo em que esses animais estão emitindo metano, estamos sequestrando equivalentes de carbono que compensam a emissão desses animais. Esses equivalentes (de carbono) basicamente são uma unidade de medida para mensurar essa compensação que fazemos através do metano dos animais”, ressaltou.
Além do carbono Araguaia, existem outros projetos que defendem e ensinam a prática diária do manejo sustentável. Todas as iniciativas com a intenção de mitigar a emissão de gases de efeito estufa. O meio ambiente agradece e o produtor ganha com isso. “Não tem como falar de produtividade sem pensar em sustentabilidade, até porque as duas coisas andam juntas. São dois pilares que estão paralelos”, afirmou.
Por Planeta Campo.