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Exportadores rebatem críticas sobre carne sul-americana

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A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC) publicou nesta quarta-feira (20) uma nota oficial rebatendo declarações feitas por Alexandre Bompard, CEO do Carrefour, na rede social X. A entidade criticou o tom protecionista das falas, que defendem os produtores franceses em detrimento das exportações brasileiras, destacando a contradição de tais afirmações, considerando que a empresa opera cerca de 1.200 lojas no Brasil, abastecidas majoritariamente por carnes nacionais.

Segundo a ABIEC, a postura de Bompard vai contra os princípios do livre mercado e pode comprometer o abastecimento europeu, uma vez que a produção local não atende à demanda interna. A associação ressaltou que o Brasil é líder global em exportação de carne bovina, com produção sustentável e rigorosos controles sanitários que garantem a qualidade do produto exportado para mais de 160 países. Nos últimos 30 anos, a pecuária brasileira aumentou sua produtividade em 172%, enquanto reduziu a área de pastagem em 16%, reforçando o compromisso do setor com eficiência e sustentabilidade.

Por fim, a ABIEC afirmou que ações que fragilizam as relações comerciais não prejudicam apenas o Brasil, mas também a França, que depende de várias commodities brasileiras. Em um contexto global de crescentes desafios para a segurança alimentar, a associação reforçou a importância do diálogo e da cooperação como ferramentas indispensáveis para garantir um abastecimento equilibrado e sustentável.

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A declaração

Na rede social, o francês afirmou que a rede assumiu o compromisso de não comercializar nenhuma carne proveniente do Mercosul. “Esperamos inspirar outros atores da cadeia agroalimentar e impulsionar um movimento mais amplo de solidariedade, indo além do setor de distribuição, que já lidera a luta em favor da carne de origem francesa”, escreveu.

“É unindo forças que poderemos garantir aos pecuaristas franceses que não haverá brechas possíveis. No Carrefour, estamos prontos para isso, independentemente dos preços e das quantidades de carne que o Mercosul possa nos oferecer”, concluiu.

Por Agrolink – Leonardo Gottems.

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