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É possível usar aviões para pulverizar cidades contra o coronavírus?

 

O Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) firmou posição na quinta-feira, 2, sobre as especulações a respeito da possibilidade do uso de aviões agrícolas no combate ao coronavírus. A entidade divulgou uma Nota de Esclarecimento explicando que para isso é necessário antes fazer testes para avaliar sua eficácia.

Segundo a entidade, nenhum ensaio para o uso de aeronaves no combate ao Coronavírus pode ser realizado sem critérios técnicos, científicos e sem aval e acompanhamento das autoridades federais de Saúde e Meio Ambiente. “Como diz a lei e como rege o bom senso”, esclarece o secretário-executivo do Sindag, Gabriel Colle.

A divulgação da nota veio em resposta a uma série de consultas e especulações feitas nas últimas semanas, principalmente por representantes de prefeituras, sobre a possibilidade de se fazer aplicações aéreas de produtos para desinfecção de ambientes. Em todo o País, municípios têm mantido equipes com caminhões pipa e pessoal com pulverizadores costais fazendo limpeza de ruas, parques e outros locais públicos com produtos à base de cloro. As perguntas (e até sugestões) seriam sobre o uso de aviões para cobrir rapidamente áreas maiores nessas operações de desinfecção urbana.

Isso usando, em tese, o mesmo princípio do uso de aviões nas estratégias contra a dengue, neste caso previsto na Lei Federal 13.301/16. Colle adverte que são duas situações diferentes e mesmo contra a dengue as operações não podem ser feitas sem aval de pesquisa. “Um princípio de segurança e transparência, aliás, defendido pelo sindicato aeroagrícola desde 2004 na questão do uso de aviões contra mosquitos.”

E ele reforça: “No caso do combate a mosquitos, onde já se tem experiência positiva no Brasil e a referência de vários países, como Argentina e Estados Unidos e onde as operações aéreas são comuns em cidades, ainda assim seriam necessários aqui testes para validar e ajustar a ferramenta. Contra o coronavírus, muito mais: seria partir do zero, sem qualquer referência de produtos ou quantidades seguras para população e considerando um contágio que é predominantemente entre pessoas”.

Leia a nota clicando aqui.

Por Becker Júnior/ blogs.canalrural.com.br; Foto – Castor Becker Jr/C5 News Press.

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