Dinetec teve abertura do plantio do milho, novidades apresentadas e encerra com bons negócios realizados

O Dinetec 2021, realizado em Canarana – MT, chega ao fim nesta sexta-feira (15) depois de três dias de feira. O destaque do último dia foi a abertura oficial do plantio do milho segunda safra na região. Janeiro é o mês quando começam a ser colhidas as primeiras lavouras de soja e o produtor inicia o plantio do milho.

Apesar dos desafios que a pandemia trouxe, os produtores que passaram pelos mais de 80 stands com mais de 250 empresas expositoras, acompanharam muitas novidades. Uma delas foi uma máquina agrícola de quebrar pedras, única brasileira e patenteada, criada por um canaranense, Arnaldo Nilson, proprietário da Torneadora do Arnaldo.

Arnaldo contou que em 2010 teve a ideia de criar essa máquina, pois a região de Canarana possui muitas áreas com cascalho, o que diminui a produtividade e causa prejuízos nos demais maquinários. “Fabriquei uma máquina pequena para teste, aprovou e está funcionando até hoje. Depois fui aperfeiçoando e melhorando”, contou Nilson.

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Desde então sua empresa já produziu e vendeu 25 máquinas, para os estados de Mato Grosso, Pará, Goiás e Tocantins. Só não vende mais porque no momento a empresa consegue fabricar uma máquina a cada 20 dias. Toda produção até o mês de julho de 2021 já está toda vendida.

Quem ajuda Arnaldo no desenvolvimento do equipamento é seu filho Jeferson, formado em engenharia mecânica. A ideia dos proprietários é continuar a melhorar a máquina, ampliar a empresa, contratar mais funcionários e produzir até três unidades por mês, além de criar e produzir outros equipamentos agrícolas. “Vim pra Canarana para ajudar meu pai no desenvolvimento desse equipamento e ampliação da capacidade da empresa”, disse Jeferson.

A máquina de quebrar pedras, que é vendida a R$ 120 mil, cobre entre 1,5 e 4 hectares por dia. Consegue quebrar pedras até maiores do que 30 cm. “Produtores que utilizam o equipamento relatam que onde haviam manchas, nas áreas de cascalho, o que diminuía a média da fazenda, depois do trabalho da máquina a produtividade cresceu”, disse.

Feira organizada, bons negócios e sentimento de dever cumprido

Para o presidente do Sindicato Rural de Querência – MT, Gilmar Wentz, que prestigiou o evento nesta sexta-feira, o produtor depende de muitas variantes para uma boa safra e muitas delas, como clima e preço, não estão sob o poder do produtor. “Mas a parte dele o produtor precisa fazer, que é vir em eventos como Dinetec, muito bem organizado, que traz muitas novidades em tecnologias, para fazer suas escolhas da melhor forma possível”, disse.

O evento, que nesta sexta contou com o comparecimento maior de produtores, finalizou com relatos por parte de expositores de bons negócios concretizados. Durante a feira, novos produtos e pacotes comerciais são lançados pelas empresas expositoras e muitos negócios para as próximas safras são fechados.

Conforme Cleiton Coelho, gerente de agricultura de precisão da Meta Consultoria Agrícola, organizadora do Dinetec, a equipe está satisfeita com os resultados. “Nós, como Meta estamos muito satisfeitos. A gente sabe que é um ano diferente, complicado, com suas limitações. A feira até ficou com menos empresas, mas o produtor está vindo e vindo mais focado. Conversando com os expositores e o público, todo mundo está bem satisfeito com o resultado. Agradecemos os produtores que vieram, os negócios estão acontecendo. O produtor está satisfeito que as empresas trouxeram condições de negócio e as empresas estão satisfeitas que o produtor veio comprar. E a gente faz o Dinetec pensando nisso”, finaliza.

Por Rafael Govari e Lavousier Machry para AGRNotícias.