Confira as informações do Boletim Semanal do Imea
CONJUNTURA ECONÔMICA
No comparativo semanal, o dólar compra Ptax registrou leve alta de 0,08% em relação à semana anterior. A principal motivação para este aumento foi a especulação de mercado em torno do aumento da taxa de juros pelo FED que acontecerá na próxima semana. A alta do dólar só não foi maior devido à divulgação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) referente a julho, que foi acima do esperado devido ao aumento da projeção do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro pelo Ministério da Economia.
Na última quinta-feira (16), o Ministério da Economia revisou para cima a estimativa do PIB brasileiro de 2022. A previsão de crescimento saltou de 2,0% para 2,7% pautado nos resultados acima dos esperados para o PIB do 2º trimestre do ano, além da melhora no mercado de trabalho e no setor de serviços, que tem se mantido em tendência de crescimento.
SOJA – Com a valorização semanal de 2,58% nas cotações da soja na CME-Group, devido a divulgação do relatório do USDA, a saca da soja em Mato Grosso apresentou incremento de 1,91% ante a semana passada, ficando cotado na média de R$ 162,70/sc. O aumento nos preços foi limitado pelo dólar (contrato corrente futuro), visto que houve queda de 0,15% no comparativo semanal.
MILHO – Os preços do milho disponível em Mato Grosso apresentaram alta de 1,22% no comparativo semanal e ficou cotado a R$ 63,32/sc. O aumento esteve atrelado ao avanço da demanda para exportação do cereal mato-grossense para setembro. Desse modo, a Anec estima um aumento do volume exportado em setembro para o país em 210,24% frente ao mesmo período do ano passado.
ALGODÃO – A divulgação do relatório de O&D mundial do USDA refletiu na desvalorização nos contratos futuros da pluma na bolsa de NY. Diante disso, os contratos de dez-22 e jul-23, fecharam a semana com queda acumulada de 0,77% e 0,89%, cotados na média de ¢ US$ 102,66/lp e ¢ US$ 94,26/lp, respectivamente. Assim, seguindo o mercado externo, as paridades de dez-22 e jul-23 em MT também apresentaram recuo e ficaram cotadas na média de R$ 188,48/@ e R$ 182,11/@.
BOI – Com a boa oferta de animais terminados somado ao mercado doméstico ainda andando de lado, a cotação média da arroba do boi gordo à vista registrou recuo de 0,18% na última semana e foi negociado na média de R$ 262,45/@ em MT. Em relação ao bezerro de ano, o cenário não foi diferente, a baixa procura por parte dos compradores acarretou a desvalorização em 0,24% no mesmo comparativo semanal e ficou cotado em R$ 2.611,07/cab.
SUÍNOS — O abate total de suínos em MT, segundo o Indea, registrou redução de 0,45% de julho para agosto após 4 meses consecutivos de aumento no volume e totalizou 283,66 mil cabeças. Em agosto houve maior volume de abate enviado para outros estados, elevação de 18,61% ante a julho de 2022 com total de 18,17 mil cabeças, o que refletiu em melhor equilíbrio entre oferta e demanda no mercado interno.
LEITE – De acordo com o Indea, o volume de vacas abatidas totalizou 170,80 mil cabeças em agosto de 2022, aumento de 13,32% ante agosto de 2021. No acumulado de janeiro a agosto de 2022 foram abatidas 1,42 milhões de vacas, número 11,86% superior ao mesmo período de 2021, reflexo do desestímulo da atividade leiteira por causa dos altos custos de produção. Vale salientar que o total de vacas abatidas é contabilizado tanto leiteiras quanto de corte, que tem aumentado os números de abates também pela desvalorização nos preços do bezerro.
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AGROINDÚSTRIAS – De acordo com dados da ANP, na semana passada, o etanol hidratado ficou cotado a R$ 3,332/l na média de Mato Grosso, recuo de 5,40% ante a semana anterior. Tal movimento está relacionado à redução nos preços da gasolina da Petrobras para as distribuidoras, gerando maior competitividade nos postos de combustíveis.
Desse modo, o biocombustível mato-grossense registrou paridade de 63,91% em etanol/gasolina, sendo um dos mais vantajosos do país.
LOGÍSTICA – Os preços dos fretes de fertilizantes saindo do porto de Paranaguá (PR) registraram alta pela 9ª semana consecutiva, motivados principalmente pelo início da semeadura da soja, que gerou a necessidade de os adubos estarem nas fazendas, somada a menor oferta de caminhões na região dos portos. Com isso, os trechos que mais valorizaram foram com destinos à Campo Novo do Parecis (MT) e Campo Verde (MT), ambos com origem em Paranaguá (PR), que subiu 4,10% e 3,61% no comparativo semanal, respectivamente, e ficaram cotados à R$ 355,25/t e R$ 297,50/t, nesta semana.
Por Assessoria