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Com expectativa de boa safra, pequi de Canarana teve exportação afetada pela pandemia

O pequi está se aproximando da maturação e a safra de 2020 já é avaliada como boa pelos produtores. Seja nativo ou de plantação, o mercado interno brasileiro, principalmente o Centro Oeste, deve ser o responsável pela maior parte da demanda pelo produto, que também teve sua comercialização afetada pela pandemia do novo coronavírus.

O produtor Édemo Corrêa, por exemplo, que cultiva 8 mil pés de pequi em 40 hectares no sítio Água Limpa em Canarana – MT, contou à AGRNotícias que a perspectiva para safra de pequi em 2020 está boa, apesar das plantas terem tido um atraso na flora, que sinaliza uma safra mais longa. “Porque hoje se tem pequi com quase maturação e tem pequi ainda com flor. Mas promete uma boa produtividade”, afirma.

O pequi é uma árvore da família das cariocaráceas nativa do cerrado brasileiro. É consumido principalmente nos estados de Goiás, Minas Gerais, Tocantins e Mato Grosso. Algumas espécies nativas do Mato Grosso demoram até cinco anos para produzir e as encontradas no Estado de Goiás, até 10 anos.

Édemo, que exporta todo ano toneladas da fruta para países europeus, conta que a pandemia também causou oscilações no mercado da cultura, principalmente pelo aumento das exigências para o comércio exterior. “Ficou difícil de atender! As exigências são muito grandes. A gente depende de muitos funcionários e a situação não está boa. Então esse ano nós não vamos fazer exportação. Nós vamos vender o pequi na fazenda para o mercado nacional, interno”, expõe o produtor.

Pequi de Canarana-MT é exportado para a Europa

A exportação ocorre por meio da empresa Cantinhos do Brasil, que faz a entrada no produto no mercado europeu por Portugal. Os maiores consumidores no exterior são brasileiros, que pela chamada “culinária de recordação”, procuram produtos originais brasileiros. A cada remessa, entre 4 e 5 toneladas de pequi, embalados a vácuo e congelados, eram enviados para países europeus.

Édemo Correa

O pequi nativo, encontrado em regiões de cerrado ou ainda coletado por povos indígenas já começa  a apresentar frutos maduros e já existe comercialização local. Édemo sinaliza que isso ocorre porque o pequi nativo é mais precoce. “Está no meio da mata, pegando mais umidade e assim produz mais rápido. Já o nosso, tá mais atrasado, num cultivo em que a seca prejudicou um pouco”, conclui.

Na propriedade de Édemo Corrêa, em anos de boa safra, até 20 empregos diretos são gerados. Os mercados de cidades como Rondonópolis, Cuiabá, Primavera do Leste, no Mato Grosso, Rio Verde e Jataí, no Goiás, são grandes consumidores e enviam caminhões até Canarana para buscar o produto, tendo em vista que a venda no varejo, não pode ocorrer com pequi fruto de extrativismo, apenas de produtor certificado.

Por AGRNotícias.

3 comentários

  1. Rosimeyre em 21 de julho de 2022 às 17:50

    Meu pai é produtor de pequi localizado no município de Canabrava do Norte – Mato Grosso, entre em contato rosimeyreribeiro@gmail.com ou (66) 98436-0183 Whatsapp

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