Clima pode aumentar área de plantio de feijão em 2021
Com cerca de 90% da área plantada no Paraná, a Secretaria de Agricultura estima que o custo por hectare será ao redor de R$ 3.666. Se a média do estado for mantida em 30 sacas por hectare, o produtor estará fechando custos fixos e variáveis em R$ 122 por saca de 60 quilos. A insegurança diante de commodities com preços já fechados leva o setor a incertezas sobre a capacidade de abastecimento até março do próximo ano. Mas, nos últimos dias, tem-se comentado mais sobre o impacto que o atraso no plantio das lavouras de soja e milho podem levar parte dos produtores a pensarem, desde já, no plantio de uma cultura com ciclo relativamente curto, como é o caso de Feijão.
Cultivo superprecoce de feijão melhora produtividade e resistência a pragas
Gerar excedentes de Feijão-carioca poderá ser um grande risco. Portanto, duas alternativas se abrem aos produtores: a primeira é diversificar e a segunda ter contrato com preço fixado. Esta alternativa, há pouco tempo impensável, vai se tornando cada dia mais atraente para produtores profissionais e que não gostam de apostar com tanto investimento envolvido. “Já chega o risco do clima, que não é pequeno”, afirmava ontem um produtor do Mato Grosso. No mercado atual, todos os dias se negocia uma quantidade menor do que a normal nas fontes, mas o mercado não para. Os varejistas continuam relatando lojas vazias e giro mais lento da maior parte dos produtos.
Tudo isso vai coincidindo com uma inflação na cesta de alimentos que corrói o poder de compra do consumidor. Desde o trigo até óleo de soja, a população está assustada com a perda do poder de compra. Os desafios para a equipe do Ministério da Agricultura não tem sido fáceis. Raramente e se viu as secretarias daquele ministério trabalharem tanto. As demandas inerentes ao setor, acrescidos das pressões políticas e econômicas impõem, em tempos de pandemia, desafios nunca imaginados.
Por Ibrafe. Foto: AGR.