Chicago recua com o aumento de área nos EUA
O mercado futuro de soja na Bolsa de Chicago voltou a cair nesta quinta-feira, fechando o dia com perdas de 4 pontos nos contratos com vencimento mais próximo.
O mercado foi influenciado por pelo menos quatro fatores baixistas ao mesmo tempo. Começa pelo retorno das preocupações com a epidemia do coronavírus que, mesmo com redução do ritmo de novos casos, ainda promete sustos no desempenho da economia chinesa e mundial por um bom tempo, o que levou a um movimento de aversão a riscos outra vez. Dúvidas sobre o retorno das compras chinesas de soja americana também pesaram no comportamento dos investidores.
No lado da oferta, mais pressão. A safra sul-americana promete ser recorde, com a colheita já avançada no Brasil. E, para culminar, as primeiras projeções para o plantio da próxima safra norte-americana apontam um aumento de 12%, a julgar pelo levantamento divulgado nesta quinta-feira no primeiro dia do Outlook Fórum, evento anual do USDA que se realiza em Washington. Embora seja apenas uma recuperação depois da queda de 15% na área da safra passada, o fato é que indica um potencial retorno de grande produção nos EUA este ano se o clima ajudar.
No Brasil, o mercado de câmbio fechou o dia com o dólar em alta de 0,6%, cotado a R$ 4,39 para venda, um novo recorde nominal, mantendo os preços internos da soja de estáveis a mais altos.
Por SojaNews/Fundação MT.Foto: AGR.