Ativistas devem cuidar do país deles, afirma governador sobre protesto contra Ferrogrão
O governador Mauro Mendes (DEM) criticou os ativistas e políticos da esquerda internacional que se mobilizam para pressionar o Governo Federal contra a construção da Ferrogrão. Irritado, o democrata afirmou que o grupo deveria cuidar dos respectivos países antes de querer dar palpite no Brasil.
A ferrovia foi projetada para ligar Sinop (MT) a Miritituba (PA) com objetivo de favorecer o escoamento da produção de soja e milho.
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A resposta de Mauro foi dada nesta segunda (19), após o anúncio de que os ativistas de esquerda, ligados à Internacional Progressista, devem desembarcar no Brasil em 15 de agosto para protestar contra a contra a construção da Ferrogrão.
“Esses ativistas internacionais deviam cuidar do país deles. Deixa que daqui, nós cuidamos bem. No dia que eles tiverem nos países deles o ativo ambiental que temos no Brasil, eles venham para cá dar palpite. Por enquanto, deviam cuidar para ter 80% de floresta lá no país deles”, afirmou o governador após deixar o encontro estadual do MDB, que acontece em Chapada dos Guimarães.
A comitiva que vem ao Brasil é ligada à Internacional Progressista, entidade criada no ano passado pelo senador americano Bernie Sanders e pelo ex-ministro das Finanças da Grécia Yanis Varoufakis. Políticos, ativistas e celebridades de diversos países apoiam a causa.
A Internacional Progressista informa que a Comitiva ainda está sendo definida. No entanto, deverá incluir parlamentares de países como Espanha e Alemanha, lideranças indígenas dos EUA, ativistas ambientais e sindicalistas. Também deverá haver representantes de países latino-americanos.
A visita atende a um convite Articulação dos Povos Indígenas do Brasil. A ONG é uma das principais oponentes da Ferrogrão.
A Ferrogrão é alvo de ação no Supremo Tribunal Federal (STF) e enfrenta questionamentos de órgão de controle e fiscalização como o Tribunal de Contas da União (TCU) e Ministério Público Federal (MPF), além de ONGs que denunciam riscos para a floresta amazônica. O investimento previsto é de R$ 21,5 bilhões. O projeto para que inicie a operação em 2030.
Na última sexta (15), em visita à Cuiabá, o ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas defendeu a Ferrogrão. Segundo ele, interesses econômicos estão por trás de ações judiciais que impedem o início da concessão.
Por Jacques Gosch/RDNews.