Assentados do MST revelam: “Forçados a participar dos conflitos”
“Os assentados são utilizados como instrumento para pressão, recebiam motivos diferentes do que seria o real propósito, e eram forçados a participar dos conflitos”. A revelação sobre os métodos de coação do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) foi feita pelo ex-membro do movimento, Elivaldo da Silva Costa, que hoje é presidente do Projeto de Assentamento Rosa do Prado.
Em Audiência Pública na CPI (Comissão da Parlamentar de Inquérito) sobre as invasões de terras, prestaram depoimento três ex-participantes de acampamentos do MST no Sul da Bahia. Elivaldo, também conhecido como Liva do Rosa, revelou ainda que o MST tem “metodologia para captar pessoas na zona urbana” e que há uma “falsa promessa de que eles vão dar a terra” para convencer quem nunca plantou a realizar invasões e depredações.
O ex-militante afirmou que a vocação para agricultura “não importa para o MST”. De acordo com Elivaldo da Silva Costa, “o MST quer um ‘RG’, um ‘CPF’ e um título de eleitor – e a partir dali começa a doutrinação”. Ao descrever sua vivência durante o tempo que participou do movimento, o depoente afirmou sofreu ameaças, retaliações e também expôs o funcionamento interno do MST no Sul da Bahia, incluindo a atuação das lideranças durante as invasões de terras.
Além de Liva, também falaram Benevaldo da Silva Gomes e Vanuza dos Santos de Souza, ex-participante do Acampamento São João. Interrogada pelo relator da CPI sobre ter presenciado algum caso de invasão de propriedade organizado pelo MST, a depoente afirmou que sim. “Eu já participei, ocupei a sede da Suzano”, afirmou a depoente. Questionada se as terras da Suzano eram improdutivas, a depoente afirmou que “eram produtivas” e explicou que “os assentados eram orientados a acreditar que os fazendeiros são inimigos e contrários aos movimentos sociais”.
Com preço ainda em queda, vendas de milho avançam em Mato Grosso
A solicitação do requerimento para a presença dos ex-integrantes do MST foi apresentada pelo deputado e membro da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Capitão Alden (PL-BA). Segundo o parlamentar, o motivo da convocação foi para prestar depoimento sobre o papel dos líderes do MST e como são as invasões. “Os esclarecimentos desses ex-membros são fundamentais para compreender o funcionamento interno, incluindo o papel de lideranças e o modus operandi durante invasões de terras”, afirmou Alden.
Por: AGROLINK –Leonardo Gottems.