A irrigação usa a água e não consome como se fala, pontua presidente da Aprofir-MT
Principal produtor de grãos e carne bovina no país, Mato Grosso vem avançando em diferentes estudos voltados para o campo para que o auxiliem a seguir com o seu papel na garantia da segurança alimentar mundial. Entre as pesquisas em andamento está a ampliação do polo de irrigação.
Atualmente o estado possui uma área irrigável de 178 mil hectares, contudo estudos mostram que a capacidade para produzir em área irrigada pode chegar a quase quatro milhões de hectares.
A irrigação nas lavouras mato-grossenses é tema do Estúdio Rural deste sábado (20).
Grileiros com “estrutura milionária” são presos tentando invadir terras na Região do Araguaia
A Associação dos Produtores de Feijão, Pulses, Grãos Especiais e Irrigantes de Mato Grosso (Aprofir-MT), conforme o seu presidente Otávio Palmeira, vem nos últimos anos investindo cada vez mais em busca de subsídios técnicos, por meio de pesquisas, que comprovem o potencial irrigável do estado, bem como que a irrigação utilizada é responsável e sustentável.
“É importante salientarmos e mostrarmos que a irrigação usa a água. É diferente de consumir. Usa, porque toda a água que vai na irrigação ela retorna para o lençol freático, para o subsolo, para os aquíferos e propriamente para as águas superficiais, que são os rios”.
Conforme o presidente da Aprofir-MT, a irrigação é vista como uma solução para prevenir os problemas climáticos vistos nos últimos anos e que acabam por prejudicar a produção agrícola e pecuária.
MT possui cerca de 3,5 milhões de hectares ociosos
De acordo com Otávio Palmeira, Mato Grosso conta com aproximadamente 3,5 milhões de hectares ociosos, que poderiam estar sendo ocupados com outras culturas, à exemplo do feijão e pulses, como girassol, sorgo, entre outros.
Nesta safra 2022/23 foram semeados cerca de 12 milhões de hectares de soja, área a qual em segunda safra recebeu aproximadamente sete milhões de hectares com milho e em torno de um milhão de hectares com algodão.
“Nós temos como agregar muita área de plantio. Não só de feijão, mas de outras culturas também”, salienta.
POR LUIZ PATRONI E VIVIANE PETROLI, DO CANAL RURAL MATO GROSSO.